ampliação da licença-maternidade
PARA 180 DIAS VALERÁ A PARTIR DE 2.010
Fonte: Agência Câmara - 14.08.2008 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (13.8) a ampliação da licença-maternidade, prevista no Projeto de Lei 2513/07, que irá a sanção presidencial. O texto faculta às empresas elevar de quatro para seis meses o período da licença. Em troca, terão desconto no Imposto de Renda (IR).
A ampliação da licença maternidade será estendida às mães adotivas. O benefício também valerá para as servidoras públicas, e entrará em vigor logo após a sanção da lei.
No caso do setor privado, a ampliação ainda dependerá de
análise, pelo Executivo, do impacto fiscal da renúncia do IR, como determina a
Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00). Como a análise não
estará pronta a tempo de ser incluída no Orçamento de 2009, a ampliação da
licença só entrará em vigor em 2010.
Conquista tímida
Entre especialistas, ainda que o aumento da licença tenha
sido encarado como uma conquista, o debate está longe de ter acabado. "Foi um
avanço. Hoje já se sabe que, quanto mais tempo a criança tem com a mãe, melhores
serão a sua saúde e o seu desenvolvimento psicossocial. Mas não tenho dúvida de
que ainda precisamos avançar mais", disse o procurador do Trabalho da 10ª
Região, Sebastião Caixeta. Para ele, o aumento do tempo de licença, ainda que
facultativo, é uma prova de amadurecimento da sociedade. O próximo passo é
tornar a ampliação obrigatória.
No Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), a aprovação do projeto
também foi vista como um avanço, mas tímido. De acordo com a consultora para a
área de trabalho e previdência da entidade, Eneida Dutra, a proposta peca por
beneficiar apenas as mulheres formalmente empregadas, deixando de fora as que
vivem na informalidade.
Outro fator preocupante, segundo ela, é que o benefício só veio porque foi
atrelado a um incentivo fiscal. "É uma conquista importante, mas tem uma
dimensão reduzida. Não é uma solução definitiva", disse Eneida. Para ela, o
Estado deve adotar políticas que alcancem todas as mulheres, e não apenas as que
trabalham com carteira assinada. Ela salientou também que tão importante quanto
ampliar o tempo da licença-maternidade é pensar nas "soluções pós-parto", como a
construção de creches e pré-escolas.
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