Portal Tributário - Home Page Guia Trabalhista - Home Page Portal de Contabilidade - Home Page Normas Legais - Home Page

Tamanho do Texto + | tamanho do texto -

CONTAGEM DE TEMPO ESPECIAL PARA APOSENTADORIA REQUER LAUDO TÉCNICO

Fonte: TRF3 - 17/03/2015 - Adaptado pelo Guia Trabalhista 

Em recente decisão, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) negou a funcionários da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) o direito à contagem, como especial, do tempo de serviço alegadamente prestado em atividades insalubres para fins de aposentadoria.

Os funcionários, operadores de raio X, entraram com um mandado de segurança para assegurar seu direito, apresentando como prova tão somente holerites que demonstram que recebem gratificação pela atividade que desempenham, espécie de adicional de insalubridade.

Segundo a decisão, a legislação pertinente à matéria (artigo 70 do Regulamento da Previdência Social, Decreto 3.048, de 06/05/1999, com redação dada pelo Decreto 4.827, de 03/03/2003) dispõe que a caracterização e a comprovação do tempo de atividade especial deve levar em consideração a legislação vigente na época em que foi exercida tal atividade.

O relator ressaltou que desde a Lei 9.032/97, que deu nova redação ao artigo 57 da Lei 8.213/91, não existem mais hipóteses de insalubridade, periculosidade e penosidade presumidas, sendo indispensável a existência de laudo técnico das condições ambientais de trabalho para caracterização de atividade insalubre.

A regra citada exige ainda, para a concessão de aposentadoria especial, que o segurado trabalhe sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física durante 15, 20 ou 25 anos, conforme dispuser a lei. O parágrafo 3º do artigo 57 da Lei 8.213 exige a comprovação do tempo de trabalho permanente – não ocasional nem intermitente – em condições especiais.

No caso em questão, não há prova técnico-pericial da condição especial de trabalho durante o período pretendido pelos funcionários da Unifesp: “Trata-se de prova imprescindível à caracterização das condições nocivas à saúde do servidor”, informa a decisão, “não sendo suprida pelos holerites juntados aos autos, os quais, na verdade, se prestam a comprovar apenas uma exposição eventual ao raio X, o que sequer atende à exigência de tempo de trabalho permanente em ambiente insalubre (Lei 8.213/91, artigo 57, parágrafo 3º)”. Processo nº 2006.61.00.028125-9/SP.

 Manual Previdenciário - Direitos, Benefícios, Auxílios, Salário de Contribuição, Aposentadorias, Cálculos... Um Guia Prático para esclarecer suas dúvidas sobre assuntos previdenciários! Clique aqui para mais informações.


Normas Legais | Mapa Jurídico | Portal Tributário | Guia Trabalhista | Portal de Contabilidade | Simples Nacional | Modelos de Contratos |

Boletim Fiscal | Boletim Trabalhista | Boletim Contábil | Boletim Jurídico | Publicações Jurídicas